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31 janeiro 2012

Inocência justificada

A verdade é libertadora, principalmente na comunhão com Deus.


Inocência justificada

No décimo oitavo capítulo do evangelho segundo Lucas, entre os versículos 9 e 14, encontra-se registrada a parábola do fariseu e do publicano, contada por Jesus.
Nesta curiosa e ilustrativa parábola, o fariseu se vangloria de suas boas ações e da sua boa conduta cristã e mesmo assim não consegue a mesma justificação diante de Deus, como consegue o publicano, que é justificado pois se humilha diante do Senhor, não ousando nem olhar para o céu, mas batendo no próprio peito e dizendo “Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador”, como está descrito no décimo terceiro versículo.
Parece então que a inocência do publicano pecador foi mais importante diante da justiça de Deus do que a vanglória do fariseu obediente e seguidor da palavra.
Esta inocência justificadora não quer dizer a falta de culpa ou a ausência de pecado, mas sim uma postura honesta e transparente, no mesmo sentido da inocência de uma criança. Coerentemente, no versículo 17 do mesmo capítulo deste evangelho, está escrito: “Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele”.
A sublime e verdadeira inocência da confissão sincera dos pecados diante de Deus, por exemplo, durante uma oração espontânea, pode surtir extraordinários efeitos na vida cristã, através de uma experiência humilde e retificadora na comunhão com o nosso Criador soberano.
Pois, como está escrito no décimo quarto versículo, “Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.
Não tenha vergonha, nem medo de se humilhar inocentemente em sua comunhão individual com Deus, mostrando a espontaneidade infante com a pureza preservada no âmago mais entranhado do seu ser.
Ame a verdade, e ela te libertará do cativeiro do pecado e da autocomiseração.
O Senhor seja louvado e glorificado, agora e sempre.