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21 abril 2012

Campeonato da fé

Este texto aborda a disputa entre o espírito e a carne, em cada um de nós.

Campeonato da fé

No início da jornada de transformação, logo depois da conversão, o cristão humano talvez possa sentir como se estivesse em um campeonato pela santificação, tentando ser mais cristão que outros cristãos, ou mais santo que os outros santos da humanidade. E, muitas vezes, não o faz por mal, mas apenas por falta de maturidade da sua fé.
Por vezes, a busca honesta pela palavra e pelos ensinamentos de Deus pode passar por momentos ofegantes e ansiosos, muitas vezes devido a uma sede intensa relacionada à demanda reprimida pela água viva que transborda do nosso Pai celestial, principalmente se a conversão ocorre em estágios já avançados da vida terrena adulta deste indivíduo.
Com o amadurecimento da fé, percebemos que o verdadeiro campeonato ocorre entre o espírito e a carne, em cada um de nós.
Na epístola aos Gálatas (5:17), pode ser encontrado o texto: “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam”.
No final do sétimo capítulo da carta aos Romanos, pode ser encontrado um texto que deixa ainda mais claro o caráter de campeonato, ou seja, de disputa (antistrateuomai, do grego) entre o espírito e a carne: “Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo da lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado”.
O texto bíblico também deixa claro que o exercício da mente é coerente com o primeiro mandamento (Mateus 22:37-39), afirmando que devemos amar o Senhor, nosso Deus, de todo o nosso coração e alma, mas também de todo o nosso entendimento, ou seja, com toda a nossa capacidade intelectual (dianoia, do grego). Desta forma, o autor da carta aos Romanos termina o sétimo capítulo escrevendo: “... com a mente, eu próprio sou escravo da lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado”.
Portanto, procure fortalecer a sua mente através da leitura e do estudo da palavra, para que a força do “músculo neural” da mente (atenta e exercitada) prevaleça sobre a dos “músculos motores” da carne, fazendo com que o primeiro vença este campeonato da fé.