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11 maio 2012

Fobia incrédula

Combatendo fobias...

Fobia incrédula

Ao me deparar com o evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo pela primeira vez, estudando o Novo Testamento de maneira sequencial e completa, fiquei maravilhado com a coerência dos evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas), com a vivacidade e a ponderação dos ensinamentos através de palavras diretas ou de parábolas didáticas.
O livro de Atos deixou clara a obediência dos apóstolos em relação à vontade do nosso Senhor, depois dEle ter sido assunto aos céus, mostrando que eles passaram por diversas tribulações e desafios para continuarem a espalhar as boas novas da salvação.
Também fiquei impressionado com as epístolas, pelo seu conteúdo de verdade e exortação, particularmente as cartas paulinas, com toda a densidade de ensinamentos e a visão detalhada da obra salvífica do nosso Deus absoluto, misericordioso e justo.
Deixou-me uma marca indelével o termo carinhoso empregado pelo apóstolo João em suas epístolas, nos chamando de “filhinhos” e nos falando sobre o “Verbo da vida”.
Até a carta de Judas, o penúltimo livro, o estudo seguiu bem fluido, até chegar ao texto da Revelação em Apocalipse, o último texto neotestamentário, onde relutei alguns dias para começar a estudá-lo, até finalmente vencer a fobia (do grego “phobos”, medo).
Ao estudar o texto de Apocalipse, já depois de ter recebido edificação dos outros livros, a compreensão de algumas passagens deste livro ficou um pouco mais clara, apesar do elevado grau de dificuldade para a sua interpretação.
Percebi então, na parte final do texto (Ap 21:8), que é importante combater o medo, pois este é um sinal da falta de fé, como está relatado no evangelho de Marcos (Mc 4:40), onde Jesus “perguntou aos seus discípulos: Por que vocês estão com tanto medo ? Ainda não têm fé ?”
A primeira epístola de João (1Jo 4:18) resume bem esta questão: “No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor”.
Este parece ser o verdadeiro sentido do amor, fortalecido ou estruturado pela fé na Santa Trindade, que liberta do medo do castigo e se concentra na liberdade de poder servir ao nosso Deus, de maneira corajosa e comprometida, atendendo às suas ordenanças e propósitos para as nossas vidas. Louvado seja, Senhor nosso e Salvador nosso, por teu sublime e destemido amor, derramado sobre nós através do Teu sacrifício na cruz.