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24 julho 2012

Cardio-evangelho

Sobre o evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo...

Cardio-evangelho

Definido a partir do léxico grego, a palavra evangelho (“euaggelion”) significa “boas novas” ou “boa mensagem”. Segundo o Dicionário Bíblico Universal, esta palavra é usada para definir as quatro narrações inspiradas (Mateus, Marcos, Lucas e João), encontradas no Novo Testamento, sobre a vida e as doutrinas de Jesus Cristo. A palavra evangelho também se refere à revelação da graça de Deus que Cristo pregou, manifestada em sua vida, morte e ressurreição, para a salvação dos homens e a reconciliação com o seu Criador. As definições mais detalhadas de evangelho podem ser observadas nas Sagradas Escrituras, como por exemplo: “evangelho da graça” (At 20:24), “evangelho do reino” (Mt 4:23), “evangelho de Cristo” (Rm 1:16; 15:19), “evangelho da paz e salvação” (Ef 1:13; 6:15), “evangelho da glória de Cristo” (2Co 4:4) e “evangelho eterno” (Ap 14:6).
            A palavra cardio (“kardia”, no grego) significa “coração”, e o que está geralmente relacionado a ele de maneira objetiva ou metafórica, como por exemplo, os sentimentos, as paixões, as afeições, e a parte mais central e íntima de qualquer ser animado ou objeto inanimado. Não é incomum encontrar na literatura em geral, frases como “chegar ao coração do problema” ou “um coração de pedra”, dentre outras, do mesmo gênero.
            Portanto, uma definição poética para cardio-evangelho, o título deste texto, seria o evangelho que não é só proclamado da boca pra fora, mas principalmente do coração pra dentro. Em outras palavras, trata-se do evangelho vivo, pulsando em nosso coração, mente e alma, com o mesmo vigor com que precisa ser proclamado, segundo o mandamento do Senhor (Mt 28:18-20), para disseminar a alvissareira notícia da salvação em Cristo Jesus.
            O apóstolo Paulo se dirige aos irmãos de Corinto, na segunda epístola, com as seguintes palavras: “Vocês demonstram que são uma carta de Cristo, resultado do nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de corações humanos” (2Co 3:3). Parece que o que ele está querendo dizer neste texto é que os irmãos convertidos e atentos ao evangelho de Cristo eram provas vivas, como cartas de recomendação “em tábuas de corações humanos”, concebidas pelo autor Jesus Cristo, e redigidas pelo escritor Paulo em seu ministério, repleto da presença viva do Espírito Santo de Deus, como se fosse a tinta ou o meio pelo qual o evangelho foi escrito no coração dos crentes de Corinto.
            Louvado seja o evangelho do Senhor Jesus Cristo em nossas vidas. Amém.