Referencial absoluto
Os
absolutos são necessários para a ordem (“kosmos”,
em grego), e um exemplo disto é a definição de conceitos fundamentais e
referenciais nos sistemas de unidades científicas, a exemplo do Sistema
Internacional (SI), adotado por nosso país.
Segundo
os registros históricos dos órgãos internacionais responsáveis pelas definições
de pesos e medidas, a definição do metro foi evoluindo para um referencial mais
confiável, ao longo do tempo.
Desde
1872, a definição de metro (m) era a de um décimo de milionésimo (1/10.000.000)
de um quadrante do planeta Terra, ou seja, da distância do equador até o polo
norte, na longitude de Paris.
Devido
à dificuldade prática desta medida no quadrante Terrestre, a definição do metro
foi revista, em 1889, para ser igual a distância entre marcas de precisão em
barras de uma liga metálica contendo 90% de platina e 10% de irídio, a
temperatura de 0°C. Esta liga foi usada como referência para o
metro, pois é muito resistente à oxidação, é dura, pode ser altamente polida, e
tem uma capacidade de expansão ou contração térmicas muito reduzida. Estas
barras, conhecidas como protótipos internacionais em platina iridiada, se
encontram até hoje guardadas no Bureau Internacional de Pesos e Medidas, na
França.
Outra
substituição da referência do metro foi feita em 1960, por uma definição
baseada no comprimento de onda de uma radiação do isótopo de massa 86 do criptônio,
com a finalidade de aumentar a exatidão. Portanto, na décima primeira
Conferência Geral de Pesos e Medidas realizada neste ano, o metro (m) foi
definido no novo Sistema Internacional (SI) de unidades como igual a 1.650.763,73
comprimentos de onda da linha de emissão laranja-vermelha, encontrada no
espectro eletromagnético do isótopo de massa 86 do átomo de criptônio, no
vácuo.
Em
1983, com a finalidade de aumentar ainda mais a confiabilidade na medida do
metro, essa última definição foi substituída pela seguinte: “O metro é o
comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de
tempo de 1/299.792.458 de segundo”, sendo a velocidade da luz no vácuo definida
como constante no valor de 299.792.458
metros por segundo.
Em
1905, Albert Einstein já havia postulado o princípio de que velocidade da luz
(c) no vácuo seria invariante ou constante, em sua famosa Teoria da Relatividade
Especial ou Restrita, que deu origem a famosa equação que envolve a
equivalência ou transmutabilidade entre massa (m) e energia (E), representada
por: E=mc2
No
entanto, se a definição do metro, segundo o SI, depende da definição do tempo
em segundo (s), então precisa haver um referencial confiável também para esta
medida.
Até
antes de 1960, o segundo (s) era definido como a fração de 1/86.400 do dia
médio solar, mas irregularidades no período de rotação da Terra em torno do seu
próprio eixo (dia solar médio de 24 horas) fizeram esta definição ficar
obsoleta. Portanto, na décima terceira Conferência Geral de Pesos e Medidas de
1967, o segundo (s) foi definido da seguinte forma: “O segundo é a duração de
9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois
níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133”.
Esta
definição moderna do segundo (s) adotada pelo SI, medida através de um relógio
atômico de césio 133, foi confirmada estar em concordância, dentro de uma
precisão de 1 (uma) parte em 1010 (dez bilhões), com a definição do
segundo (s) proveniente das observações lunares (“efemérides astronômicas”).
Mesmo
com a grande precisão do relógio atômico de césio 133, há uma estimativa de que
ele possa atrasar a medida de 1 minuto a cada 65.000 anos.
Isto
mostra que apesar dos institutos de pesos e medidas estarem aprimorando as
tecnologias empregadas para a definição precisa, por exemplo, do metro (m) e do
segundo (s), unidades fundamentais do Sistema Internacional (SI), estas
definições são calcadas em referenciais definidos pelo critério humano e,
portanto, ainda sujeitos a erros e imprecisões.
“E
disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel:
EU SOU me enviou a vós” (Ex 3:14). Este é o Deus que sempre Foi, É, e Será.
“O
céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24:35).
A definição
exata de tudo depende do referencial absoluto, e o único referencial absoluto e
imutável é o nosso Deus eterno e soberano, projetista e criador do Universo e
de tudo que há nele, em todos os seus metros cúbicos (m3) de volume
(ou espaço tridimensional), e desde a eternidade contabilizada em todos os seus
segundos (s).
Louvado
seja o Santo Nome do nosso Senhor Deus, por toda a Sua completeza e
imutabilidade, pelos séculos dos séculos, sendo um referencial absoluto para Seus
filhos.