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06 março 2013

A queda "doeu"

A queda do "eu"... a queda "doeu"...

A queda “doeu”

Eu, mim, meu... são palavras tipicamente usadas no contexto egoísta e egocêntrico.
A centralidade do homem em si mesmo, tentando convencer-se artificialmente de uma visão muito elevada de si mesmo, o coloca numa situação iminente de queda, a partir da altura da sua pequenez e da profundidade da imensidão da sua falta de sabedoria.
É preciso haver a queda do “eu”, para que o homem consiga reconhecer a sua condição de criatura e renda graças e glória ao seu Criador, o Senhor Deus Soberano.
Como toda queda, o processo costuma ser dolorido.
O quanto a queda “doeu”, revela normalmente a altura da qual se caiu.
No terceiro capítulo do livro de Gênesis, pode ser encontrado o relato Bíblico do pecado original ou da queda. Parece razoável acreditar que a expulsão de Adão e Eva, do jardim do Éden, tenha sido um processo doloroso, pois antes da queda eles desfrutavam da presença do “... Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha” (Gn 3:8).
O apóstolo Paulo ensina que todos pecaram e que estão afastados da glória de Deus, portanto sentindo que a queda “doeu”. A queda é do “eu” e a restauração é pela graça do Senhor: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23-24).
A verdade sublime, que deve encher de esperança e júbilo o coração e a mente do cristão, ou seja, do verdadeiro discípulo de Cristo, é que apesar da queda do primeiro Adão, o último Adão (1Co 15:45-47) é pleno o suficiente para erguer o seu povo, resgatando e levantando os caídos da sua condição de queda. Pois, como diz o salmista: “Ele levanta do pó o pobre, e do monturo ergue o necessitado, para o fazer sentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo” (Sl 113:7-8).
Mais gloriosa ainda é a Palavra do Deus, fiel e verdadeira, que nos revela parcialmente a realidade vindoura de um novo céu e de uma nova terra (Ap 21), onde Ele próprio nos enxugará toda a lágrima dos olhos, e não haverá mais dor: “Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras” (Ap 21:4-5).
Glória a Ti, Senhor, por Tuas promessas, Tua aliança e Tua fidelidade! Amém.   

O texto completo (PDF) também está disponível neste link.