Translate

Print Friendly and PDF

24 julho 2013

Soseiquenadasou

Sei de algumas coisas... Não sei de muitas...
Sei um pouco de quase tudo... Sei bastante de quase nada...
Sei um tanto disso e daquilo... Não sei nada de um monte daquilo outro...
Sei que sou um ser humano falho e limitado, com minhas próprias idiossincrasias...
Sei que sou um pecador redimido pela soberana vontade do Deus Trino, Vivo e Eterno...
Sei que sou um necessitado da Sua maravilhosa graça e da Sua extraordinária misericórdia...
Soseiquenadasou sem a justificação e o amor de Deus...
Soseiquenadasou sem meu Redentor e Salvador...
Soseiquenadasou sem Jesus Cristo de Nazaré...
Não sei de tantas coisas... Mas sei que preciso ter uma mente humilde e um coração grato.
Graças Te damos, Pai, em nome do Teu Filho, o Senhor Jesus (Colossenses 3:15-17). Amém.

21 julho 2013

"A fé vem pela pregação"

"E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo."
(Romanos 10:17)

No parágrafo quarto do primeiro capítulo localizado no segundo livro das "Institutas da Religião Cristã", de João Calvino, pode ser encontrada uma referência a Bernardo de Claraval, que chama a atenção para o fato de que a porta da salvação é aberta ao ser humano quando o Evangelho é acolhido aos ouvidos, da mesma forma que por essa mesma via foi induzido o pecado original (Gênesis, capítulo 3).

Existem versões narradas da Bíblia (em mp3, por exemplo), que podem ser usadas para quem percorre trechos longos no trânsito, dentro de carros ou em transportes públicos, e podem aproveitar este tempo, muitas vezes ocioso no trânsito, para ser alimentado pela Palavra de Deus. Uma versão bastante conhecida da Bíblia narrada, em vários idiomas, é produzida pelo ministério mundial "Faith Comes By Hearing" ("A fé vem pelo ouvir"). As narrações, em centenas de idiomas, estão disponíveis para download aqui, mas podem ser encontras para acesso on-line neste link (bible.is), para acesso via smartphones ou tablets, e também podem ser acessadas diretamente aqui:


20 julho 2013

Institutas 8

"...é preciso que consideremos a respeito da queda de Adão qual é a espécie de pecado que lança a horrível vingança de Deus sobre todo o gênero humano. É pueril que tenha sido recebido por estar relacionado com a impertinência da gula, como se consistisse na abstinência de um único fruto a suma e a principal de todas as virtudes, dado que, onde quer que afluíssem tais frutos, eram todos delícias muito desejáveis, bem como, na feliz fecundidade daquela terra, não se disporia para a suntuosidade apenas de abundância, mas também de variedade. Portanto, cumpre olhar mais ao alto, uma vez que a proibição sob a árvore do bem e do mal foi um exame de obediência, para que Adão provasse estar livremente submetido à autoridade de Deus."
(João Calvino, Livro 2, Capítulo I, parágrafo 4)

06 julho 2013

Aprendizado piedoso 63

"Deus se move de maneira misteriosa
Para realizar Suas maravilhas;
Ele planta Seus passos no mar,
E monta sobre a tempestade.

Profundamente em minas insondáveis
De infalível habilidade
Ele entesoura Seus desígnios brilhantes,
E trabalha a Sua vontade soberana.

Ó santos temerosos, busquem coragem renovada,
As nuvens que tanto temeis
São grandes em misericórdia, e devem se dissipar
Em bênçãos sobre sua cabeça.

Não julgue o Senhor com débil entendimento,
Mas confia nEle por Sua graça;
Por trás de uma providência sóbria
Ele esconde uma face sorridente.

Seus propósitos irão amadurecer rápido,
Desdobrando-se a cada hora;
O botão pode ter um gosto amargo,
Mas doce será a flor.

A incredulidade cega certamente erra,
E analisa o Seu trabalho em vão;
Deus é Seu próprio intérprete,
E Ele irá torná-lo simples."

(William Cowper, em "Deus se move de maneira misteriosa")

05 julho 2013

Dignidade na gratidão

Senhor, hoje eu não peço nada em especial...
...Apesar da graça que nos concede e da oportunidade de depositarmos diante de Ti as nossas súplicas (Lucas 11:9-13).
Peço apenas a dignidade para te agradecer.
Não a dignidade de quem é credor ou merecedor de tal dádiva.
Mas sim, a dignidade emprestada pelo Teu Filho (Hebreus 3:1-3).
Apenas para poder me aproximar mais de Ti...
... E continuar em Tua presença constante.
Graças a Ti, Deus Vivo, pela justificação e glorificação concedidas pelo teu Cordeiro e pela tua misericórdia (Romanos 8:28-31).
Louvado seja o Teu Santo Nome, pelos séculos dos séculos!
Amém!

“Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:15-17)


Aprendizado piedoso 62

"O leitor precisa imaginar-me sozinho naquele quarto em Magdalen, noite após noite, sentindo - sempre que minha mente se desviava um instante que fosse do trabalho - a aproximação firme e implacável d'Ele, aquele que com tanta determinação eu não desejava encontrar. Aquilo que eu temia tanto pairava afinal sobre mim. Cedi enfim no período letivo subsequente à Páscoa de 1929, admitindo que Deus era Deus, e ajoelhei-me e orei: talvez, naquela noite, o mais deprimido e relutante convertido de toda a Inglaterra. Não percebi então o que se revela hoje a coisa mais ofuscante e óbvia: a humildade divina que aceita um convertido mesmo em tais circunstâncias. 
O Filho Pródigo, pelo menos, caminhava para casa com as próprias pernas. Mas quem é que pode devidamente adorar aquele Amor que abre os altos portões para um filho pródigo que é arrastado para dentro esperneando, lutando, ressentido e girando os olhos em todas as direções à procura de uma chance de fuga? As palavras compelle intrare, força-los a entrar, foram tão violentadas por homens impiedosos que chegamos a estremecer diante delas; mas, entendidas de forma correta, determinam a profundidade da misericórdia divina. A dureza de Deus é mais suave do que a suavidade dos homens, e Sua compulsão é a nossa libertação."

(C.S. Lewis, no livro "Surpreendido pela Alegria", dando um relato da sua conversão).
Link para uma citação desta referência aqui.

04 julho 2013

Aprendizado piedoso 61

"Uma vida solitária"

"Aqui está um homem que nasceu numa aldeia obscura como o filho de uma camponesa.
Ele cresceu em outra aldeia obscura.
Ele trabalhou em uma carpintaria até os trinta anos, e então, foi um pregador itinerante por três anos.
Ele nunca escreveu um livro.
Ele nunca teve um escritório.
Ele nunca teve uma casa.
Ele nunca teve uma família.
Ele nunca foi para a faculdade.
Ele nunca colocou o pé dentro de uma cidade grande.
Ele nunca viajou mais do que duzentas milhas a partir do local onde nasceu.
Ele nunca fez uma das coisas que normalmente acompanham a grandeza.
Ele não tinha credenciais, exceto a si mesmo.
Ele não tinha nada a ver com este mundo, exceto o poder essencial de sua humanidade divina.
Embora ainda jovem, a maré da opinião popular se voltou contra ele.
Seus amigos fugiram.
Um deles o negou.
Outro o traiu.
Ele foi entregue aos seus inimigos.
Ele passou pelo escárnio de um julgamento.
Ele foi pregado na cruz entre dois ladrões.
Seus executores apostaram com o único pedaço de propriedade que ele tinha na terra, enquanto estava morrendo, e esse era a sua túnica.
Quando ele estava morto, foi retirado e colocado em um túmulo emprestado, através da piedade de um amigo.
Dezenove largos séculos vieram e se foram e hoje ele é o centro da raça humana e o líder da coluna do progresso.
Estou sendo muito preciso quando digo que todos os exércitos que já marcharam, e todas as marinhas que já foram estabelecidas, e todos os parlamentos que já existiram e todos os reis que já reinaram, colocados juntos, não afetaram a vida do homem sobre a terra tão poderosamente quanto esta vida solitária."

(James Allan Francis, "One Solitary Life", em "The Real Jesus, and Other Sermons")

Aprendizado piedoso 60

"... Eu compartilhei com eles uma história que frequentemente contamos na Índia, a história de um homem que estava sentado sob uma árvore carregada de nozes. Ele olhou para cima e ironicamente disse para Deus: 'De alguma maneira, eu não acredito que Você seja muito inteligente. Você fez uma árvore enorme para sustentar pequenas nozes e uma planta pequena para sustentar grandes melancias. Grande árvore, nozes pequenas; pequena planta, grandes melancias. Seu senso de proporção não parece ter muito sentido'. Então, uma pequena noz caiu da árvore e atingiu a cabeça do homem. Ele fez uma pausa, e murmurou, 'Obrigado, Deus, porque não foi uma melancia!'"
(Ravi Zacharias, "Cries of the Heart")

02 julho 2013

"Física Quântica e Teologia: Um Parentesco Inesperado"

Algumas impressões sobre a interessante e esclarecedora obra de John Polkinghorne, intitulada "Quantum Physics and Theology: An Unexpected Kinship".

Institutas 7

"Segue-se necessariamente a este conhecimento a gratidão da alma - no próspero sucesso das coisas, na paciência na adversidade e também em uma segurança incrível quanto ao que há de vir. Portanto, tudo o que acontecer de modo próspero e de decisão da alma, isso tudo referiremos como tomado de Deus, quer a sua beneficência seja sentida pelo ministério dos homens, quer o tenha sido pelo auxílio de criaturas inanimadas. E, assim, reputará em sua alma: certamente, foi o Senhor que inclinou a mim estes ânimos, aglutinando-os a mim, para que fossem, junto comigo, instrumentos de sua benignidade. Na abundância de frutos, cogitará: é o Senhor que escuta o céu, para que o céu escute a terra, para que ela também escute os seus frutos; quanto ao mais, não duvidará que seja unicamente pela bênção do Senhor que tudo prospere, para que, admoestado por todas as causas, não se mantenha ingrato."
(João Calvino, Livro 1, Capítulo XVII, parágrafo 7)

"Se não há remédio mais eficaz para a ira e a impaciência, certamente não pouco progride aquele que aprendeu a meditar quanto a isso na providência de Deus, dado que possa sempre revocar isso à mente: o Senhor o quis, por isso deve ser feito, não apenas porque não é possível relutar, mas porque Ele não quer senão o que é justo e adequado."
(João Calvino, Livro 1, Capítulo XVII, parágrafo 8)

"Entre tais angústias, acaso não é preciso que seja miserabilíssimo o homem, se em vida traz penosamente, mais morto que vivo, um espírito atormentado e enfraquecido, como se tivesse consigo uma perpétua espada iminente na garganta?... Mas aqui foi proposto falar apenas da miséria que o homem sentiria se fosse conduzido sob o império da fortuna."
(João Calvino, Livro 1, Capítulo XVII, parágrafo 10)

"Por fim, para que não me demore mais aqui, facilmente veremos, se prestarmos atenção, que a ignorância da providência é o extremo de todas as misérias, e a suma bem-aventurança está em seu conhecimento."
(João Calvino, Livro 1, Capítulo XVII, parágrafo 11)

"... Deus muda quanto às suas obras, ainda que nem sua deliberação nem sua vontade sejam invertidas, nem Seu modo de ser seja comutável, mas que prossegue em uma continuidade perpétua o que previra, provara e decretara desde a eternidade, por mais que pareça aos olhos dos homens uma súbita variação."
(João Calvino, Livro 1, Capítulo XVII, parágrafo 13)

"E não é de admirar que não os quisesse perdidos, mas emendados para que não perecessem. Por isto, Jonas profetizou a destruição de Nínive após quarenta dias: para que não ruísse [Jonas 3:10]. Por isso foi cortada a esperança de Ezequias de uma vida mais longa: para que obtivesse vida ainda mais longa [Isaías 38:5]. Quem não vê que o Senhor queria, com tais ameaças, levar ao arrependimento aqueles que atemorizara, para escapar do juízo de que seus pecados eram merecedores?"
(João Calvino, Livro 1, Capítulo XVII, parágrafo 14)

"Por isso se esclama: 'Grandes são as obras do Senhor; consideradas por todos os que nelas têm prazer' [Salmos 111:2], e de modo admirável é inexplicável o mesmo que se faz contra a sua vontade, não se faz sem seu consentimento. Porque não seria feito se Ele não o permitisse, nem Ele permite sem o querer, mas querendo. Nem Ele, bom, permitiria que fosse feito o mal, se o Onipotente também não pudesse fazer do mal um bem [Agostinho. Enchiridion ad Laurentium]."
(João Calvino, Livro 1, Capítulo XVIII, parágrafo 3)

"... Agostinho: 'Se o Pai tenha entregue o Filho, e Cristo seu corpo, e Judas seu Senhor, por que nessa entrega o coração de Deus é justo e o homem é réu, senão porque fizera um mesmo ato, mas a causa pela qual fizeram não é a mesma?' [Epístola a Vicêncio]"
(João Calvino, Livro 1, Capítulo XVIII, parágrafo 4)