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31 outubro 2013

"Dia da reforma"

O dia 31 de outubro é significativo para a Reforma Protestante.
Para conhecer mais sobre a origem do termo "Protestante", acesse aqui.

30 outubro 2013

Aprendizado piedoso 77

Carta de João Calvino a Lutero:

"21 de Janeiro de 1545
Ao mui excelente pastor da Igreja Cristã, Dr. M. Lutero, meu tão respeitado pai... Eles têm me requisitado de enviar um mensageiro confiável até você, que pudesse registrar a sua resposta para nós sobre esta questão. Pois, penso que foi de grande consequência para eles ter o benefício de sua autoridade, para que não continuem vacilando; e eu mesmo estou convicto desta necessidade, estive relutante de recusar o que eles solicitaram... Agora, entretanto, mui respeitado pai, no Senhor, eu suplico a ti, por Cristo, que você não despreze receber a preocupação para sua causa e minha; primeiro, que você pudesse ler atentamente a epístola escrita em seu nome, e meus pequenos livros, calmamente e nas horas livres, ou que pudesse solicitar a alguém que se ocupasse em ler, e repassasse a substância deles a você. Por último, que você escrevesse e nos enviasse de volta a sua opinião em poucas palavras. De fato, estive indisposto em incomodar você em meio de tantos fardos e vários empreendimentos; mas tal é o seu senso de justiça, que você não poderia supor que eu faria isto a menos que compelido pela necessidade do caso; entretanto, confio que você me perdoará. Quão bom seria se eu pudesse voar até você, pudera eu em poucas horas desfrutar da alegria da sua companhia; pois, preferiria, e isto seria muito melhor, conversar pessoalmente com você não somente nesta questão, mas também sobre outras; mas, vejo que isto não é possível nesta terra, mas espero que em breve venha a ser no reino de Deus. Adeus, mui renomado senhor, mui distinto ministro de Cristo, e meu sempre honrado pai. O Senhor te governe até o fim, pelo seu próprio Espírito, que você possa perseverar continuamente até o fim, para o benefício e bem comum de sua própria Igreja."

Extraído de "Letters of John Calvin: Select from the Bonnet Edition with an introductory biographical sketch" (Edinburgh, The Banner of Truth Trust, 1980), pp. 71-73. Trad. por: Rev. E. B.Tokashiki.

29 outubro 2013

Aprendizado piedoso 76

"O Vale da Visão"

Senhor, santo e excelso, de forma submissa e humilde,
Fui trazido por ti ao vale da visão,
em cujas profundezas habito, mas vejo a ti nas alturas;
cercado pelas montanhas do pecado eu vejo a tua glória.
Permita-me aprender pelo paradoxo
que o caminho para baixo é o caminho para cima,
que ser humilde é ser elevado,
que o coração quebrado é o coração sarado,
que o espírito contrito é o espírito alegre,
que a alma arrependida é a alma vitoriosa,
que não ter nada é possuir tudo,
que suportar a cruz é usar a coroa,
que dar é receber,
que o vale é o lugar da visão.
Senhor, de dia podem ser vistas estrelas de lugares profundos,
e no mais profundo poço a luz da tua estrela brilha;
Deixa que eu encontre tua luz em minha escuridão,
tua vida em minha morte,
tua alegria em meu sofrimento,
tua graça em meu pecado,
tua riqueza em minha pobreza,
tua glória em meu vale.

Extraído de: The Valley of Vision: A Collection of Puritan Prayers & Devotions, editado por Arthur Bennett. Tradução: Márcio Santana Sobrinho.
Fonte: monergismo.com

Aprendizado piedoso 75

“De tempos em tempos, os homens tropeçam na verdade, mas a maioria deles se levanta e segue adiante como se nada tivesse acontecido”. 
(Winston Churchill)

"Não tenho fé suficiente para ser ateu" 2

"Verdades sobre a Verdade":

  • “A verdade é descoberta, e não inventada (a lei da gravidade existia antes de Newton)”.
  • “A verdade é transcultural (2+2 = 4 para todo o mundo, em todo lugar, o tempo todo)”.
  • “A verdade é imutável (quando começamos a acreditar que a Terra era redonda, ao invés de plana, a verdade sobre a Terra não mudou; o que mudou foi nossa crença sobre a forma da Terra)”.
  • “As crenças não podem mudar um fato (alguém pode sinceramente acreditar que a Terra é plana, mas isso faz apenas a pessoa estar sinceramente errada)”.
  • “A verdade não é afetada pela atitude de quem a professa (uma pessoa arrogante não torna falsa a verdade... uma pessoa humilde não faz o erro se transformar em verdade)”.
  • “Todas as verdades são absolutas, inclusive as que parecem relativas  (‘Eu, Frank senti calor no dia 20/11/2003’, em pleno inverno)”.

(Extraído do capítulo 1 do livro "Não tenho fé suficiente para ser ateu", Norman Geisler & Frank Turek).

20 outubro 2013

Institutas 14

“Portanto, por mais que aquele unigênito, que hoje é para nós o esplendor da glória e marca da substância de Deus Pai, antigamente tenha sido conhecido pelos judeus, tal como em outro lugar apontamos desde Paulo que Ele fosse o condutor da antiga libertação, no entanto, é verdade que, em outro lugar, o mesmo Paulo ensina que agora reluzisse em nossos corações o Deus que ordenou que das trevas resplandecesse a luz, para que brilhasse o conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo [2Co 4:6], uma vez que, quando apareceu nessa sua imagem, de certo modo se fez visível em comparação ao que antes em sua aparência estava obscuro e sob sombras. Assim é mais torpe e detestável a ingratidão e a depravação daqueles que continuam cegos diante de uma luz meridiana.”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo IX, parágrafo 1)

“Disso vem o que disse o Cristo: 'Daqui em diante, vereis os céus abertos, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem' [João 1:51]. Com efeito, ainda que se veja uma alusão à escada mostrada em visão ao patriarca Jacó, essa marca indica a excelência de seu advento, que abrirá uma porta dos céus para nós, para que o ingresso seja patentemente familiar.”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo IX, parágrafo 2)

18 outubro 2013

"Não tenho fé suficiente para ser ateu" 1

Cerca de 400 páginas de evidências e argumentos racionais e apologéticos. Esta é a melhor forma de resumir o livro "Não tenho fé suficiente para ser ateu", de Norman Geisler & Frank Turek. Segue abaixo alguns trechos conclusivos, extraídos do final do último capítulo. Recomendo a leitura completa do livro.

Institutas 13

“Ao explicar a suma daquilo que é requerido quanto ao conhecimento verdadeiro de Deus, ensinamos que Ele não pode ser concebido por nós em sua magnitude sem que sua majestade imediatamente nos obrigue a seu culto. Quanto ao conhecimento de nós mesmos, colocamos precipuamente isto: que, esvaziados da sua opinião da própria virtude, despojados da confiança da própria justiça, aprendamos, pelo contrário, alquebrados e contundidos pela consciência da miséria, a sólida humildade e a expropriação de nós mesmos.”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo VIII, parágrafo 1)

“Do mesmo modo e com muita verdade, Agostinho às vezes chama a obediência que é prestada a Deus de 'mãe e guarda de todas as virtudes' e noutras vezes a chama de 'origem' [A cidade de Deus, IV, 12...].”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo VIII, parágrafo 5)

“Por isso, pela primeira tábua ensina-nos a piedade e os ofícios próprios da religião, pelos quais sua majestade é louvada; pela segunda, prescreve de que modo devemos gerir a sociedade dos homens em razão do temor do seu nome. Razão pela qual nosso Senhor (como os evangelistas o chamam) uniu toda a suma da Lei em dois artigos: que amemos a Deus de todo o coração, de toda a alma, com todas as forças e que amemos o próximo como a nós mesmos [Mt 22:37; Lc 10:27].”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo VIII, parágrafo 11)

“Ainda que toda a Lei esteja contida em dois artigos, nosso Deus no entanto, pelo que tiraria todo o pretexto de desculpa, quis comentar em dez preceitos, mais ampla e pormenorizadamente, tanto o que diz respeito à sua honra, temor e amor, como o que diz respeito à caridade, a qual nos manda ter para com o shomens por causa d'Ele mesmo.”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo VIII, parágrafo 12)

“Pela outra parte, é oferecida a promessa de que a misericórdia de Deus é propagada por mil gerações, a qual também aparece com frequência na Escritura, e é inserida na aliança da Igreja: 'Serei o teu Deus e o de tua semente depois de ti' [Gn 17:7]. Visando a isso, Salomão escreveu que os filhos dos justos haveriam de ser bem-aventurados após a morte deles [Pv 20:7], em virtude não apenas de uma santa educação (que não tomava como de pouca importância) mas da bênção prometida na aliança: que a graça de Deus resida eternamente na família dos pios.”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo VIII, parágrafo 21)

“O fim deste preceito é: Deus deseja sacrossanta para nós a majestade de seu nome. A suma será que não a profanemos por tomá-la com menosprezo ou de modo irreverente. Interdito que segue da ordem do preceito que a veneração religiosa dela seja tomada por nós com zero e cuidado. Assim, ensina-nos a ser ponderados de alma e língua, para não falarmos do póprio Deus e de seus mistérios senão de modo reverente e muito sóbrio, parar que, ao avaliar suas obras, não concebamos senão o que é digno de honra diante d'Ele.”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo VIII, parágrafo 22)

“Quanto ao mais, não há dúvida de que, com o advento do Cristo Senhor, tenha-se abolido o que aqui era cerimonial. Ele mesmo é a verdade, em cuja presença todas as figurações esvaecem; o corpo, em cuja visão as sombras dispersam; é Ele, digo, o verdadeiro complemento do sábado: pelo batismo fomos sepultados com Ele, estamos unidos à sua morte, para que, partícipes da ressurreição, andemos na novidade da vida [Rm 6:4].”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo VIII, parágrafo 31)

“Por que, pode-se dizer, não nos reunimos antes todos os dias, para que assim se suprima a distinção dos dias? Quisera isso se desse! Com certeza a sabedoria espiritual seria digna de dedicação diária de uma partícula de tempo. Mas, se não é possível obter da debilidade de muitos que se reúnam diariamente, e a regra da caridade não permite exigir mais deles, por que não nos submetermos à regra que vemos ser imposta para nós pela vontade de Deus?”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo VIII, parágrafo 32)

“Sustentemos aqui, então, que a nossa vida há de ser de todo conforme à vontade de Deus e ao prescrito pela Lei quando for o mais frutuosa aos irmãos em todas as formas possíveis. De fato, não se lê em toda a Lei uma sílaba que estabeleça para o homem uma regra sobre aquilo que há de ser feito ou omitido para a comodidade de sua carne.”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo VIII, parágrafo 54)

“Tudo, até o menor ponto da Lei, com certeza é árduo e difícil para a nossa fraqueza. O Senhor é a nossa força, que Ele dê o que ordena e ordene o que quiser! [Agostinho, Confess., X, 29, 40; 31, 45, PL32, 796-8].”
(João Calvino, Livro 2, Capítulo VIII, parágrafo 57)

17 outubro 2013

De joelhos

De joelhos, o ser humano fica na metade do caminho entre o chão (a queda) e o estar em pé (o levantar)...
Talvez ele tenha caído, após ter ficado em pé, ou talvez ele esteja sendo levantado, após ter caído...
Para cair, normalmente basta tropeçar... Geralmente, sequer precisa haver a ajuda de outrem na queda...
Para levantar, depois de uma grande queda, precisa haver tipicamente o auxílio de uma mão forte...
De joelhos, o ser humano fica à meia altura e reconhece a sua pequenez, em uma visão “de baixo para cima”...
De joelhos, o cristão experimenta a humildade diante do Excelso...
De joelhos, o cristão reconhece que é barro, e não Oleiro...
De joelhos, o cristão reconhece que é criatura, e não Criador...
De joelhos, o cristão roga ao seu Pai Celestial...
De joelhos, o cristão dá graças ao seu Redentor... Que também orou, de joelhos, ao Pai...
De joelhos, o cristão ora.
Amém.
"E, saindo, foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam.
Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação.
Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava..." (Lucas 22:39-41)

Link para o texto em PDF aqui.

Singular e Plural

Ela é singular em beleza e aroma...
Ela é plural em versatilidade e entusiasmo...
Ela é singular em preciosidade...
Ela é plural em sua vaidade feminina...
Ela é singular como esposa amorosa de 1 varão...
Ela é plural como mãe zelosa de 2 filhos...
Eu e ela somos singular: "uma só carne"...
Eu e ela somos plural: dois servos do Senhor...
Eu sou o seu varão. Ela é a minha varoa. Graças ao Deus Santo e Soberano...
"E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:23-24).


03 outubro 2013

Descansando na promessa do repouso

Estás abatida, minh’alma, diante da injustiça e da apostasia?
Estás desgastada, minh’alma, por causa das tribulações e provações desta vida?
Estás cansada, minh’alma, de ser vigilante e atenta, como exortam as Sagradas Escrituras?
“Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos” (1Coríntios 16:13).
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41 e Marcos 14:38).
Seu repouso, minh’alma, não está neste mundo, nem nesta vida, mas está na promessa de “novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2 Pedro 3:13).
“Portanto, resta um repouso para o povo de Deus” (Hebreus 4:9).
Lembra-te, minh’alma, das palavras do próprio Senhor Jesus Cristo (Mateus 11:28-30):
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”. 
Não te esqueças, minh’alma, de dar graças a este Deus tão gracioso...