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27 novembro 2014

Aula de apologética (GEB - "Semana Universitária" - UPE)

Aula para o GEB - "Semana Universitária" - UPE, dia 27/11/2014:
"A cosmovisão cristã na interface com a ciência"
(arquivo em PDF)

13 novembro 2014

03 novembro 2014

Institutas 27

“... Convençamo-nos de que Ele é o nosso juiz, não como nosso intelecto o imagina segundo sua conveniência, mas como no-lo descreve a Escritura: com tal fulgor que as estrelas se obscurecem; com tal poder que os montes se derretem; com tal ira que a terra é sacudida; com tal sabedoria que os prudentes são apanhados em sua astúcia; com tal pureza que faz tudo parecer imundo; com tal justiça que nem mesmo os anjos a podem sofrer; que não torna o culpado inocente; e cuja vingança, uma vez despertada, penetra até no mais profundo do inferno. Sentar-se-á, digo, para examinar os feitos dos homens; quem comparecerá diante de seu trono com segurança? ‘Quem morará com o fogo consumidor?’, como diz o profeta. Quem de nós habitará com as chamas eternas? ‘Aquele que caminha na justiça e fala a verdade’ (Is 33:14) etc. Este, seja quem for, apresentar-se-á. Mas essa resposta faz que ninguém se apresente. Porque, por outro lado soa uma vez: ‘Se observares, Senhor, os pecados, quem poderá, ó Senhor, subsistir?’ (Sl 130:3). Certamente pereceríamos todos de imediato...”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XII, parágrafo 1)

“... Assim, Agostinho diz: ‘Uma é a esperança de todos os fiéis que gemem sob o peso desta carne corruptível e da instabilidade desta vida: que tenhamos um Mediador justo, Jesus Cristo; e que só ele é a satisfação por nossos pecados’ [Aug.; Contra duas epist. Pelag. Ad Bonif. III 5, 15 MSL 44, 599; CSEL 60, 504, 12ss]...”
... E Bernardo [de Claraval]: ‘Onde há, deveras, repouso e segurança certos e firmes para os enfermos, senão nas chagas do Salvador? Eu habito ali, tanto mais seguro quanto mais poderoso ele é para salvar-me. O mundo grita, o corpo me oprime, o Diabo se insinua. Eu não caio, porque estou apoiado sobre uma pedra firme. Cometi um grave pecado. Minha consciência se conturba, mas não será perturbada, porque me lembrarei das chagas do Senhor’ [Bernardus, In cant. Serm. 61, 3 MSL 183, 1072 AB]... E em outro lugar: ‘Este é todo o mérito do homem: pôr toda a sua esperança naquele que salva a todo homem’ [Bernardus, In psalmum ‘Qui habitat’ sermo 15, 5 MSL 183, 246 B]. E, em outro lugar, retendo para si a paz, deixa a glória para Deus: ‘Para Ti seja toda a glória; para mim estará bem se tiver a paz. Renuncio totalmente à glória; para que não ocorra de, usurpando o que não é meu, perder também o que se me oferece’ [Bernardus, In cant. Sermo 13, 4 MSL 183, 836 B]. ”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XII, parágrafo 3)

“... As consciências exercitadas no temor de Deus sentem que esse é o único refúgio de salvação em que podem respirar com segurança, quando têm de haver-se com o juízo de Deus. Pois se as estrelas, que de noite parecem iluminadíssimas, perdem seu esplendor ao sair o sol, que pensamos haverá de ser da inocência mais rara do homem quando comparada com a pureza de Deus? Pois aquele exame será mais que rigoroso e penetrará até os mais secretos pensamentos do coração; e, como diz Paulo, ‘revelará o que estiver oculto nas trevas e manifestará as intenções dos corações’ (1 Co 4:5).”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XII, parágrafo 4)

“... a humildade é uma submissão não fingida, que procede de uma alma consternada pelo real sentimento de sua miséria e pobreza. Pois assim é descrita sempre na palavra de Deus. Em Sofonias, quando o Senhor fala assim: ‘Exterminarei de meio de ti aqueles que se entretêm em sua soberba e deixarei em teu meio um povo aflito e pobre, e eles esperarão no Senhor’ (Sf 3:11-12), acaso não mostra claramente quem são os humildes?”
“... Todas as vezes que ouvires a palavra ‘contrição’, entende uma chaga do coração que não permite ao homem prostrado na terra levantar-se. É preciso que teu coração seja ferido com essa contrição se quiseres ser exaltado com os humildes, conforme a sentença de Deus. Se não for assim, será humilhado pela mão poderosa de Deus, para tua vergonha e desonra.”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XII, parágrafo 6)

“... Pois muitos pecadores que, inebriados com a doçura dos vícios, não pensam no julgamento de Deus, jazem adormecidos, como num torpor, e não aspiram à misericórdia que lhes foi oferecida. Mas tal torpor deve ser afastado, não menos do que deve ser abandonada a confiança em nós mesmos, qualquer que seja, para, desimpedidos, apressarmo-nos em direção a Cristo, para, vazios e estéreis, sermos preenchidos por seus bens. Porque nunca confiaremos nele tanto quanto devemos, a menos que desconfiemos inteiramente de nós mesmos. Nunca alcançaremos o espírito até ele suficientemente, a menos que antes nos rebaixemos; nunca nos consolaremos nele suficientemente, a menos que nos desconsolemos em nós mesmos. Logo, somente estaremos dispostos a aceitar e alcançar a graça quando, tendo lançado fora a confiança em nós mesmos, mas apoiados somente na certeza de sua bondade e, como diz Agostinho, esquecidos de nossos méritos, abraçarmos os dons de Cristo. Porque se ele procurasse méritos em nós, não chegaríamos a seus dons. A isso Bernardo [de Claraval] responde prontamente quando compara os soberbos, que atribuem tudo a seus méritos, a servos desleais, porque retém para si, de modo indevido, o louvor da graça, que apenas passa por eles, como se uma parede dissesse ser a causa do raio de sol que recebe através da janela. Para não nos demorarmos mais nisso, basta reter esta regra, breve mas geral e certa: aquele que se esvaziou por completo, não digo de sua justiça, que é nula, mas da vã e inconstante imagem, este está preparado para participar dos frutos da misericórdia de Deus. Porque tanto maior impedimento coloca o homem à beneficência de Deus quanto mais se compraz em si mesmo.”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XII, parágrafo 8)

“... porque, enquanto o homem tem algo que dizer em sua defesa, a glória de Deus de certa forma diminui.”
“... Se estas coisas estão contidas no verdadeiro conhecimento de Deus, para que, abatidos pela consciência da própria iniquidade, entendamos que Ele nos faz o bem de que somos indignos. Para que tentamos, para nosso grande mal, roubar ao Senhor uma pequena porção do louvor dessa gratuita liberalidade? Da mesma forma Jeremias, quando clama ‘Não se orgulhe o sábio em sua sabedoria, nem o rico em suas riquezas, nem o valente em sua valentia; mas quem se orgulha, orgulhe-se no Senhor’ (Jr 9:23-24), acaso não demonstra que de certa forma a glória de Deus decai se o homem se orgulhar em si mesmo?”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIII, parágrafo 1)

“... Por isso, convém depositar aqui toda nossa esperança e cravá-la bem fundo, por assim dizer; não olhar para nossas obras, nem pedir socorro algum por causa delas. Assim já Agostinho prescreve que o façamos, para que não penses dizermos aqui algo de novo. Diz: ‘Cristo reinará em seus servos para sempre. Deus prometeu isso; Deus disse isso; e se isso é pouco, Deus o jurou. Logo, porque a promessa dele é firme, não segundo nossos méritos, mas segundo sua misericórdia, ninguém deve anunciar com temor aquilo de que não pode duvidar’ [Aug., In Psalm. 88. Enarrat. I, 5 MSL 37, 1123].”
“... Resumindo: a Escritura demonstra que as promessas de Deus não são firmes se não são admitidas com plena confiança; onde quer que exista dúvida ou incerteza, anuncia que são vãs.”
“... Daqui vem também Cristo ser chamado ou ‘Rei da Paz’ (Is 9:6) [ou ‘Príncipe da Paz’, na versão Almeida Revista e Atualizada - ARA] ou ‘Nossa Paz’ (Ef 2:14); porque ele acalma todas as agitações da nossa consciência. Se se pergunta como, é necessário recorrer ao sacrifício com o qual Deus foi aplacado. Porque ninguém poderá deixar nunca de tremer se não souber que Deus só se torna propício pela expiação com a qual Cristo suportou sua ira. Em nenhum outro lugar, enfim, devemos procurar nossa paz, senão nos terrores de Cristo, nosso Redentor.
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIII, parágrafo 4)

“... ‘Quem nos separará do amor de Deus, que está em Cristo?’ (Rm 8:35). Porque, enquanto não tivermos chegado a esse porto, tremeremos ao menor sopro de vento; mas estaremos seguros mesmo ‘no vale de sombras da morte’, enquanto Deus se mostrar para nós como pastor (Sl 23:4).”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIII, parágrafo 5)

27 outubro 2014

Aula de apologética (IJC - 27/10/2014)

Aula no Instituto João Calvino, dia 27/10/2014:
"Fé cristã e fé na ciência: o mito do antagonismo"
(arquivo em PDF)

06 outubro 2014

Aprendizado piedoso 98

"Eu nunca vi um cristão útil que não fosse um estudante da Bíblia." 
(D.L. Moody)

Aprendizado piedoso 97

"Não há uma polegada quadrada em todo o domínio de nossa existência humana sobre a qual Cristo, que é soberano sobre tudo, não clama: Meu!"
(Abraham Kuyper)

02 outubro 2014

"Um mundo com significado"

Alguns trechos do livro "Um mundo com significado: como as artes e as ciências revelam o gênio da natureza", de Benjamin Wiker & Jonathan Witt.
Recomendo a leitura completa deste livro.

23 setembro 2014

Quingentésimo

"Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo. Portanto, seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim crestes. Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem."
(1 Coríntios 15:1-20, ênfases acrescentadas)

Comentário da Bíblia de Estudo de Genebra (Edição Revista e Ampliada), sobre os versículos de 6 a 8, sublinhados neste trecho acima:
"A tripla repetição de 'foi visto' é indicação do tema central de Paulo nessa passagem, que tem por objetivo comunicar a certeza de que Cristo foi ressuscitado dos mortos, um fato que um grande número de testemunhas poderia confirmar. A maioria das pessoas que testemunhou os aparecimentos do Cristo ressurreto ainda estava viva ('sobrevive até agora') na ocasião em que Paulo escrevia essa carta e, portanto, qualquer um poderia verificar os fatos. A referência aos 'quinhentos irmãos de uma só vez' é de particular importância, pois demonstra que os aparecimentos não podem ser explicados como alucinações ou invenções."

Neste trecho das Sagradas Escrituras, o apóstolo Paulo escreve aos crentes de Corinto, exortando-os sobre a centralidade da ressurreição de Cristo, pois haviam alguns dentre eles que não criam. O próprio Senhor Jesus Cristo já havia respondido aos saduceus sobre a ressurreição dos mortos (ver Mateus 22:23-33).
Mais adiante, no mesmo capítulo (1 Coríntios 15:32-33, ênfases acrescentadas), o apóstolo Paulo exorta-os mais ainda:
"Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos. Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes."

Este é o quingentésimo (500o) post ('postagem') do blog ASTSE ("Ame o Senhor de Todo o Seu Entendimento"), desde novembro de 2011.
Dou graças a Deus por permitir e capacitar esta empreitada de testemunho cristão por escrito, através do registro de textos, ideias e estudos sobre as verdades bíblicas e a cosmovisão cristã, durante a minha caminhada de peregrinação como crente protestante e reformado.
Desta forma, rogo que cada uma das 500 postagens deste blog tenham sido acessadas, pelo menos, por uma pessoa, para que o Cordeiro de Deus, o Cristo Ressurreto, tenha sido "visto por mais de quinhentos". A Ele, toda a Glória!
Agradeço pela vida dos leitores e visitantes do blog, particularmente por aqueles que porventura tenham sido despertados para a centralidade de Cristo em nossas vidas, mas agradeço principalmente por minha própria vida, pois caso estas postagens não tenham servido como instrumento do Espírito Santo para alcançar o coração de outrem, serviram, pelo menos, para fortalecer o meu próprio espírito, para sedimentar as verdades cristãs no meu entendimento e para guardá-las no meu coração ("Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti", Salmos 119:11).
Rogo ao Senhor Jesus Cristo, ressurreto e vivo, que continue abençoando esta empreitada, para a própria honra e glória do Seu Nome bendito, e, que continue abençoando mais 5, ou 50, ou 500, ou 5000, ou quantas forem as postagens que vierem pela frente, conforme a Sua soberana vontade, como meu Senhor e Salvador.

Obrigado, Senhor!
A Ti, toda a Glória, para sempre!
Amém.

22 setembro 2014

Aprendizado piedoso 96

"Nossos livros favoritos se tornam preciosos par
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