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26 maio 2014

"...falando sobre o céu..."

"... Isto também valida a declaração bíblica de que há um reino eterno aonde não há dor, nem morte, nem fome: um mundo que é repleto da alegria da presença imediata de Deus e de Cristo, seu Rei. Sim, eu estou falando sobre o céu – e eu não me esqueci que eu sou um cientista."
(John Lennox, 'Gunning for God')

"... Nós estamos muito tímidos atualmente de sequer mencionar o céu."
(C.S. Lewis, citado por John Lennox em 'Gunning for God')

23 maio 2014

Institutas 23

“... Se nos aprouver acomodar-nos à doutrina simples da Escritura, não haverá o perigo de algum de nós se iludir com tais artimanhas. Pois ali está prescrita uma única maneira de se confessar, a saber: uma vez que é o Senhor quem perdoa, esquece e apaga os pecados, a Ele confessamos nossos pecados, com intuito de obter seu perdão. Ele é o médico; mostremo-lhe, pois, nossas feridas. Ele é o lesado e o ofendido; peçamo-lhe paz. Ele é o conhecedor dos corações, ciente de todos os pensamentos; apressemo-nos a depositar nosso coração diante dele. Ele é, enfim, quem chama os pecadores; não demoremos a nos aproximar dele.”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo IV, parágrafo 9)

“... A tais mentiras oponho a remissão gratuita dos pecados, pois não há nada anunciado de modo mais claro na Escritura (Is 52:3; Rm 5:8; Cl 2:14; Tt 3:5). Primeiro, o que é a remissão senão um dom de mera liberalidade? Pois não se diz que ‘perdoa’ aquele credor que, em ato privado, atesta que o dinheiro lhe foi pago, mas aquele que, sem nenhum pagamento, só por sua beneficência, rompe a obrigação.”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo IV, parágrafo 25)

“... Um é próprio do juiz; outro, do Pai. Pois o juiz, quando castiga o malfeitor, olha para o próprio delito e determina a pena pelo próprio crime. O pai, quando corrige seu filho com severidade, não faz isso parra vingar-se ou para lhe impor uma multa, mas antes para ensiná-lo e fazê-lo ser mais cauteloso no futuro.”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo IV, parágrafo 31)

“... Os filhos [de Deus], por sua vez, são açoitados com varas não para pagar uma multa por seus delitos, mas para tirar proveito do arrependimento. Por isso entendemos que tais castigos se referem mais ao futuro que ao passado. Prefiro explicá-lo com palavras de Crisóstomo, mais do que com as minhas: ‘Por causa disso’, diz, ‘impõe-nos uma pena, não para obter alguma recompensa de nossos pecados, mas para corrigir-nos para o futuro’ [Pseudo-Chrysostomus, Sermo de Poenitentia ET confessione, in Ed. Erasmi Basileae 1530 t. V p. 514]. E também Agostinho: ‘Aquilo que tu sofres e por que gemes é medicina para ti, não pena; castigo, não condenação. Não repilas o açoite se não queres ser repelido da herança’ [Aug. in Ps. 102, 20 MSL 37, 1332]. E: ‘... toda esta miséria do gênero humano sob a qual o mundo geme, sabei, irmãos, que é uma dor medicinal, e não uma sentença penal’ [Aug. in Ps. 138, 15 MSL 37, 1793].”
 (João Calvino, Livro 3, Capítulo IV, parágrafo 33)

“... ele [Agostinho] mesmo o explica em outro lugar: ‘A carne de Cristo’, diz, ‘é o verdadeiro e único sacrifício pelos pecados. Não somente por todos aqueles que nos são apagados no batismo, mas por aqueles que depois se nos insinuam por fraqueza, por causa dos quais toda a Igreja clama diariamente: “Perdoai-nos nossas dívidas!” (Mt 6:12). E nos são perdoados por causa daquele único sacrifício’ [Aug. Contra duas epist. Pelagianorum III, 6, 16 MSL 44, 600; CSEL 60, 505. 5ss].”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo IV, parágrafo 38)

“... Mas, porque o meu propósito é ensinar coisas proveitosas...”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo IV, parágrafo 39)

17 maio 2014

Aula de apologética: motivação

Apologética: motivação (17/05/2014 - arquivo PDF)

Estatísticas sobre a fé

Nos links abaixo podem ser encontrados dois estudos estatísticos norte-americanos sobre a fé:
- link2
Mais estatísticas da mesma fonte (website) podem ser encontradas aqui.

Obs: Se algum leitor conhecer algum estudo detalhado deste tipo feito no Brasil, favor enviar a referência nos comentários deste post. Obrigado.

Palavra viva 2

"Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu."
(Isaías 53)

Palavra viva 1

"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou."
(Efésios 4:29-32)

12 maio 2014

Aprendizado piedoso 84

“É estranhamente inadequado começar confessando que Deus tem grande significado para a minha vida – não porque meu coração hesita em afirmar isso como verdade (ele o faz instintivamente a cada batida), mas porque toda a noção de “ter significado” e a realidade existencial de “viver” não possui sentido sem Deus. Assim, não é suficiente confessar que Deus tem grande significado para a minha vida, como se Deus pudesse ser mais um entre muitas coisas dentro da vida que são significantes para mim como uma pessoa. É somente por causa de Deus que tenho vida e uma vida que tem sentido. Sem de forma alguma perder de vista a tremenda distinção entre Criador e criatura, gostaria antes dizer que Deus é o meu significado e Deus é minha vida... Com as simples e poucas palavras que tenho, então, diria que Deus sempre foi para mim uma presença santa e inescapável (cf. o testemunho de Davi no Salmo 139). Deus tem sido uma fonte secreta de aceitação e perdão pessoal, quando às vezes havia dúvidas sobre qualquer fonte humana para isso. Deus tem sido uma força estabilizadora bem como o fogo do entusiasmo, quer nas situações negativas de adversidades ou em tempos positivos de oportunidade. Deus tem sido meu ideal de perfeição moral e assim, tanto uma repreensão constante para minha carência de sua glória como um guia gentil na direção correta. Deus tem sido o governador soberano e incompreensível de cada detalhe da minha vida – algo que tem (ironicamente para aqueles que rejeitam tal descrição dele) me enchido de um senso de liberdade e entendimento.”
(Greg L. Bahnsen, "Meu Senhor e Minha Vida", tradução de Felipe S. de A. Neto)

Apologética edificante 2

“Um argumento não precisa ser aceito por todos, a fim de que ele seja conclusivo. Há uma diferença entre prova e persuasão. Você pode provar alguma coisa, embora não tenha persuadido o seu adversário. Pessoas não são completamente racionais. Há outras coisas que afetam o comportamento, a atitude e as respostas verbais de pessoas, além do fato de ver ou querer ver a verdade ou não. A Bíblia nos diz que as pessoas são espiritualmente cegas e têm duros corações. Hipoteticamente, podemos defender a Palavra de Deus perfeitamente, e se a pessoa continua cega, ela não vai dizer "Oh, você está certo!". Deus precisa mudar o coração das pessoas. Não é o nosso trabalho converter as pessoas, mas é o trabalho do Espírito Santo. O nosso trabalho é fechar a boca das pessoas e o trabalho do Espírito Santo é abrir seus corações. Se você pode mostrar que elas não têm nada a dizer contra a fé ou mostrar que o que elas estão oferecendo pode ser reduzido ao absurdo, você tem feito o seu trabalho. Você defendeu a fé. Pressuposicionalistas deve ser as mais humildes de todas as pessoas, porque uma vez que reduzimos nosso oponente ao absurdo, nós precisamos dizer que a única coisa que lhe pode dar nova vida é o amor e a graça de Deus.”
(Greg L. Bahnsen, “Defending the Christian Worldview Against All Opposition (Vol. 2): 5. Proof or Persuasion”)

“O motivo pelo qual os cristãos são colocados na posição de apresentar a razão da esperança que neles há é que nem todos os homens têm fé. Porque há um mundo a ser evangelizado (homens que não são convertidos), há a necessidade de que o crente defenda sua fé: evangelismo conduz naturalmente à apologética. Isso indica que apologética não é mera questão de “duelo intelectual”; é uma séria questão de vida e morte — vida e morte eterna. O apologeta que falha em perceber a natureza evangelística de sua argumentação é cruel e arrogante. Cruel porque ignora a principal carência de seu oponente, e arrogante porque está mais preocupado em demonstrar que ele não é um tolo acadêmico do que em mostrar que toda glória pertence ao gracioso Deus de toda a verdade. Evangelismo nos faz lembrar quem somos (pecadores salvos pela graça) e do que carecem nossos oponentes (conversão de coração, não apenas proposições modificadas). Acredito, portanto, que a natureza evangelística da apologética nos indica a necessidade de adotar uma defesa pressuposicional da fé. Em contraste a essa abordagem se colocam os vários sistemas de argumentação autônoma neutra.”
(Greg L. Bahnsen, “Evangelismo e Apologética”, tradução de S. O. Almeida)

Apologética edificante 1

“... antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder (apologia) a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo...”
(1Pedro 3:15-16, termo em grego e ênfases acrescentadas)

“É claro que as provas não substituem a fé, que é essencial para nossa salvação e comunhão com Deus. O estudo apologético também não desrespeita a nossa fé. Em vez disso, a enfatiza, qualifica, reforça e renova. Se não fosse assim, a Bíblia não diria ‘Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês’ (1Pe 3:15).”
(“Não tenho fé suficiente para ser ateu”, de Norman Geisler & Frank Turek)