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31 janeiro 2015

Aprendizado piedoso 102

"Quando trememos sob o senso de nossos pecados, os terrores do juiz, e as maldições da lei, vamos olhar para um Cristo crucificado, o remédio de todas as nossas misérias. A sua cruz adquiriu uma coroa, a sua paixão expiou nossa transgressão. A sua morte desarmou a lei, o seu sangue lavou a alma de um crente. Esta morte é a destruição de nossos inimigos, a fonte de nossa felicidade, o eterno testemunho do amor divino. Temos boas razões, bem como o apóstolo, para estarmos determinados a não saber nada, senão a Jesus Cristo, e especialmente Ele crucificado (1Coríntios 2:2)."

(Rev. Stephen Charnock, puritano, na obra "The Choice Works of the Rev. Stephen Charnock: With His Life and Character", Stephen Charnock & William Symington)

27 janeiro 2015

pequeno ou GRANDE?

Afinal de contas, o ser humano é pequeno ou GRANDE?

pequeno ou GRANDE?

“Aquele que afirma ser cético em relação a um conjunto específico de crenças é, na verdade, um verdadeiro crente em outro conjunto de crenças.” (Phillip E. Johnson)

Assisti recentemente a um vídeo na internet, que circulou bastante por mostrar a resposta de um popular astrofísico para uma criança de 6 anos, durante uma palestra, que lhe dirigiu a seguinte pergunta: "Qual o propósito ou o sentido da vida?". Sem dúvida nenhuma, uma pergunta central da teleologia, que vem ocupando as mentes de homens muito brilhantes ao longo dos séculos, e que também pode estar na mente de uma criança de apenas 6 anos de idade. Essencialmente, a resposta do conhecido astrofísico, de acordo com a sua cosmovisão notoriamente humanista, materialista e ateísta, foi que o ser humano não precisa ter necessariamente um propósito externo para a sua vida, mas ele mesmo pode criar, estabelecer ou fabricar o propósito ou o objetivo para a sua própria vida.
O homem é pequeno quando comparado com a imensidão do cosmos, diz um cético astrofísico de cosmovisão materialista e reducionista, tipicamente um ateu. Segundo tal cético, o ser humano não vai muito além de ser uma poeira cósmica constituída de elementos químicos reciclados, que foram sintetizados nas estrelas.
O homem é GRANDE, quando olhado a partir da sua própria lente, por causa dos grandes feitos que ele considera ter feito ao longo da história da humanidade, diz o humanista tipicamente ateu.
O homem é pequeno e insignificante, pois não passa de um conjunto de células, moléculas e átomos, diz o reducionismo materialista da cosmovisão de um ateu.
O homem é GRANDE na sua auto-suficiência, pois pode até mesmo criar um significado para a sua própria vida, diz o humanista ateu.

Afinal de contas, o homem é pequeno ou GRANDE, segundo a cosmovisão do ateu?

A falta de coerência da cosmovisão ateísta me fez lembrar um trecho encontrado durante a leitura recente do extraordinário livro “Um Mundo com Significado”, de B. Wiker e J. Witt: “Em meio a seus esforços com respeito às confusões da teoria do flogisto (ou flogístico), Lavoisier fez uma queixa famosa contra os flogistianos, que deve ser citada. É semelhante às queixas de muitos cientistas de boa reputação contra a teoria da seleção natural generalizada como um mecanismo faz-tudo, faz-qualquer-coisa, do darwinismo:  ‘Os químicos têm feito do flogisto um princípio vago, não estritamente definido e, por conseguinte, cabível em todas as explicações requeridas. Às vezes, tem peso, às vezes, não tem; às vezes, é fogo livre, às vezes, é fogo combinado com terra; às vezes, passa pelos poros dos vasos, às vezes, não penetra neles. Explica ao mesmo tempo a causticidade e a não-causticidade, transparência e opacidade, cor e ausência de cores. É um verdadeiro Proteus que muda de forma a cada instante.’ [Antoine Lavoisier, citado por William Brock em ‘Norton History’]”.
É importante acrescentar que Proteus é uma deidade marinha criada pela mitologia grega, com o poder de prever o futuro e de se metamorfosear, particularmente quando procurava evitar um humano que se aproximava para saber dele as previsões para o futuro. Além disso, também é interessante deixar claro o fato da teoria do “flogístico” já ter sido considerada incorreta e, portanto descartada pela comunidade científica.

O quê será que exalta e enGRANDEce mais o ser humano?
Será que é o reducionismo da cosmovisão materialista, que considera o ser humano apenas como um conjunto estruturado de células, moléculas e átomos, que sobreviveu à seleção natural e que tem similaridade genética com um símio?
Ou será que é a cosmovisão cristã, que considera o ser humano como mais do que simplesmente um conjunto de células, pois afirma que ele possui corpo e alma, e foi criado como criatura especial (Salmos 8:1-5), feito à imagem e semelhança (Gênesis 1:26-27) de um Criador onipotente, onipresente e onisciente, que também criou todo o universo?

“Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade.
Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador.
Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?
Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.”
(Salmos 8:1-5)

Sabe de uma coisa, prezado(a) leitor(a)? Se há algo que tenho aprendido repetidamente na Palavra de Deus, é que ela coloca tudo e todos em uma perspectiva extraordinariamente correta e esclarecedora, mostrando quem é Deus, o Criador, quem somos nós, suas criaturas, e qual a imensurável distância entre o nosso pecado e a sua santidade. Contudo, ao mesmo tempo, a Palavra de Deus também mostra qual a alvissareira proximidade entre o nosso arrependimento e o perdão de Deus, através da fé na graça superabundante da obra redentora e suficiente do Deus Filho, o Senhor Jesus Cristo, obra esta aplicada ao coração dos cristãos através Espírito Santo, em uma obra magnífica da Trindade Bíblica.

A grande lacuna de coerência da cosmovisão materialista e reducionista dos ateus não está apenas em responder, de maneira lógica e satisfatória, à pergunta “Qual o propósito ou o sentido da vida?”. Existem pelo menos mais quatro perguntas fundamentais como esta, que devem constituir e estruturar a cosmovisão de qualquer ser humano, mesmo que ele não tenha uma consciência clara de que possui uma cosmovisão.
Cinco (5) perguntas importantes para qualquer ser humano fazer a si mesmo, buscando por respostas lógicas, honestas e coerentes com a sua cosmovisão:
- Origem: De onde viemos?
- Identidade: Quem somos?
- Propósito: Por que estamos aqui?
- Ética: Como devemos viver?
- Destino: Para onde vamos?

Dependendo da forma com que cada um responde a estas 5 perguntas, isto constitui boa parte das pressuposições básicas da sua cosmovisão, mesmo que o indivíduo não saiba o que é uma cosmovisão e, nem mesmo, que todos possuímos uma.
Vamos tentar ilustrar as 5 respostas comuns para estas perguntas, segundo as cosmovisões ateísta e cristã:


Pergunta
Resposta ateísta típica
Resposta cristã bíblica
Origem
Partículas fundamentais (que surgiram ex nihilo) se organizaram em átomos, que se organizaram em moléculas, que se organizaram em estruturas bioquímicas, que se organizaram em células, que se organizaram em seres vivos, que evoluíram e, um dia, surgiu o homem.
O Criador do universo e de tudo o que nele existe, também criou o homem como criatura especial (Salmos 8:3-5), criada à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26-27).
Identidade
A identidade do ser humano é autodefinida. Cada um define o que deseja ser, em um ato soberanamente volitivo.
Deus nos criou e tem um relacionamento individual com cada uma de suas criaturas. Quem nos define é quem nos criou (Romanos 9:20-24).
Propósito
Carpe diem (frase de um poema de Horácio), que significa "aproveite o momento", pois é tudo o que existe. Ou então, o homem é tão auto-suficiente, que pode fabricar ou definir para si mesmo um propósito para a sua vida.
O propósito supremo e principal do homem é glorificar a Deus e desfrutar dele para sempre (pergunta 1 do Catecismo Maior de Westminster - CMW, e suas respectivas referências bíblicas).
Ética
A ética é relativa. Cada um define, por conta própria, o que é certo e errado. O que é certo para uma pessoa, pode ser errado para outra, e vice-versa. Não há absolutos nem referenciais.
Deus requer do homem a obediência à sua vontade revelada, que pode ser encontrada de forma resumida nos seus mandamentos (perguntas 91-98 do CMW, e suas respectivas referências bíblicas).
Destino
A morte é a estação final da vida. Depois da morte, o ser humano é desintegrado em um conjunto de moléculas e átomos, e simplesmente deixa de existir, obviamente em paralelo com o desaparecimento da consciência da sua existência.
Há vida após a morte. Os filhos de Deus habitarão com Ele para sempre (Apocalipse 21 e caps. XXXII e XXXIII da Confissão de Fé de Westminster). A breve jornada de peregrinação do cristão por este mundo atual, muitas vezes com sofrimentos (Romanos 8:18), não se compara à eternidade com o glorioso Senhor Jesus Cristo, em toda sua plenitude.

O propósito e a esperança que podem ser encontrados nas respostas cristãs e bíblicas para algumas das perguntas mais importantes que um ser humano pode fazer, podem preencher e "fazer sossegar" a alma, o coração e a mente de qualquer filho ou filha de Deus com tal profundidade, que pode fazê-lo(a) salmodiar como Davi:
 “[Cântico de romagem. De Davi] SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim.
Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no SENHOR, desde agora e para sempre.” (Salmos 131)

No âmbito destas questões, o ateu é conduzido pela incerteza, enquanto o cristão é conduzido pela certeza. Para o ateu, que acredita que a morte é a "estação final" da vida, a incerteza de não saber quando a sua morte ocorrerá, o faz buscar, muitas vezes, por uma vida comprometida com o hedonismo, cujo lema principal é "carpe diem" ("aproveite o momento"), pois é tudo o que há. Para o verdadeiro cristão, a certeza das promessas e da aliança que o Senhor revelou nas Escrituras Sagradas, justamente com a obra redentora suficiente e eficaz de Jesus Cristo, é o bastante para manter a certeza, por fé, de um mundo vindouro, de uma vida após a morte, onde Ele "lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram" (Apocalipse 21:4).
Rogo ao Senhor que o menino de 6 anos de idade que ouviu a resposta do astrofísico, também tenha a oportunidade de ouvir a resposta cristã para estas perguntas.

A Bíblia fala mais sobre "pequeninos" e "GRANDE":
“Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” (Lucas 10:21, ênfase acrescentada)
Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus.” [48:1]
 “O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus?” [77:13]
“Pois tu és grande e operas maravilhas; só tu és Deus!” [86:10]
“Porque o SENHOR é o Deus supremo e o grande Rei acima de todos os deuses.” [95:3]
“Porque grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, temível mais que todos os deuses.” [96:4]
“... eu sei que o SENHOR é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses.” [135:5]
Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável.” [145:3]
Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir.” [147:5]
[Salmos, ênfases acrescentadas]

Aprendizado piedoso 101

 "Me ajude"
(Tradução da letra da música "Help me")

"Senhor, ajude-me a caminhar
Outra milha, só mais uma milha
Estou cansado de andar sozinho

Senhor, ajude-me a sorrir
Outro sorriso, só mais um
Eu sei que não posso fazer isso sozinho

Eu nunca pensei que precisasse de ajuda antes
Eu pensei que eu poderia fazer as coisas sozinho
Agora eu sei que eu não consigo mais
Com um coração humilde, de joelhos
Eu estou implorando, por favor, me ajude

Desça do seu trono de ouro
para mim, para me humilhar
Eu preciso sentir o toque da sua mão terna

Remova as correntes das trevas
e deixe-me ver, Senhor deixe-me ver
Exatamente onde me encaixo em seu plano celestial

Eu nunca pensei que precisasse de ajuda antes
Eu pensei que eu poderia fazer as coisas sozinho
Agora eu sei que eu não consigo mais
Com um coração humilde, de joelhos
Eu estou implorando, por favor, me ajude"

Ver interpretação de Elvis Presley para esta música aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=lg4QIZb1u3g


23 janeiro 2015

Agradeço, SENHOR!

Agradeço, SENHOR, por ter criado o universo e tudo o que nele existe.
Agradeço, SENHOR, por ter me criado e me concedido um sopro de vida.
Agradeço, SENHOR, por ter guardado e conduzido a minha vida, mesmo antes de eu te conhecer como Criador.
Agradeço, SENHOR, pela varoa virtuosa (Pv. 31) que me concedestes, e também pelas duas flechas preciosas em nossa aljava (Sl. 127).
Agradeço, SENHOR, por ter se revelado a mim como Criador e Salvador, segundo o beneplácito da tua vontade soberana, e no tempo perfeito que determinou a tua inalcançável sabedoria.
Agradeço, SENHOR, por tua misericórdia concedida para a minha salvação, através da tua obra redentora em Cristo Jesus.
Agradeço, SENHOR, por ter tomado o meu lugar naquela cruz maldita, pois eu não poderia suportar o que o SENHOR suportou por amor gratuito a pecadores como eu.
Agradeço, SENHOR, por ser um Deus tão presente e próximo, um Emanuel (Mt. 1:23; Is. 7:14).
Agradeço, SENHOR, por tua Palavra viva e eficaz (Hb. 4:12), expressa nas Sagradas Escrituras, de forma inerrante e autoritativa.
Agradeço, SENHOR, por teu bendito Espírito Santo, que comunica e aplica a verdade absoluta da tua Palavra e do teu Evangelho ao meu coração, e que me consola e me guia nos momentos de provação e dificuldade.
Agradeço, SENHOR, por pacientemente me mostrar o teu Senhorio e a tua Majestade sobre todos os aspectos da minha vida.
Agradeço, SENHOR, por me admitir como filho de adoção na tua família e no teu Reino, por causa da obra graciosa do teu filho primogênito (Rm. 8:29), o SENHOR Jesus Cristo (Cl. 1:13-18).
Agradeço, SENHOR, por teu amor tão sublime e tua graça tão abundante.
Agradeço, SENHOR, por tornar o meu coração sensível ao teu amor inefável e fiel.
Agradeço, SENHOR, por aumentar cada vez mais a minha fé em Ti (Lc. 17:5).
Agradeço, SENHOR, por nos fazer parte da tua noiva, a Igreja de Cristo.
Agradeço, SENHOR, por me transformar cada vez mais em uma nova criatura (2Co. 5:17), por obra da tua graça.
Agradeço, SENHOR, por me fazer enxergar como cada vez mais o SENHOR cresce e eu diminuo em mim mesmo.
Agradeço, SENHOR, por me preservar na tua presença e por ser um caminho verdadeiro para os passos da minha existência.
Agradeço, SENHOR, pela esperança e pelo propósito com os quais preenche plenamente a minha vida.
Agradeço, SENHOR, por me lembrar continuamente que a nossa morada definitiva não está neste mundo, mas que aqui sou somente um peregrino e forasteiro (1Pe. 2:11), apenas de passagem temporária.
Agradeço, SENHOR, por me conceder, exclusivamente por tua graça, um coração repleto de gratidão.
Agradeço, SENHOR, por este próprio agradecimento!

“Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei. Ao SENHOR pertence a salvação!”
(Jonas 2:9)

“Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.”
(Colossenses 3:15)

Soli Deo Gloria (SDG)


Link para o texto em PDF aqui.

15 janeiro 2015

Aprendizado piedoso 100

"Quem sou eu?"
(Tradução da letra da música "Who am I?")

"Quando eu penso em como Ele chegou tão afastado de glória.
Veio habitar entre os humildes como eu.
Para sofrer tal vergonha e desgraça.
No Monte do Calvário, tomou meu lugar.
Então eu pergunto a mim mesmo esta pergunta.
Quem sou eu?
Quem sou eu por quem O Rei iria sangrar e morrer?
Quem sou eu por quem Ele iria orar 'não a minha vontade, mas a tua Senhor'?
A resposta, eu posso nunca saber.
Por que Ele me amou tanto assim,
Que para uma velha e áspera cruz Ele iria.
Quem sou eu?
Quando eu me lembro de Suas palavras,
Eu nunca te deixarei,
Se você é verdadeiro, Eu te darei a vida eterna.
Oh, eu me pergunto o que eu poderia ter feito,
Para merecer o Filho unigênito de Deus.
Para lutar minhas batalhas até que as tenha vencido.
Quem sou eu?
Quem sou eu por quem O Rei iria sangrar e morrer?
Quem sou eu por quem Ele iria orar 'não a minha vontade, mas a tua Senhor'?
A resposta, eu posso nunca saber.
Por que Ele me amou tanto assim,
Que para uma velha e áspera cruz Ele iria.
Quem sou eu?"

Ver interpretação de Elvis Presley para esta música aqui:

12 janeiro 2015

Aprendizado piedoso 99

"Estenda sua mão para Jesus"
(Tradução da letra da música "Reach out to Jesus")

"Seu fardo está pesado para sustentá-lo sozinho?
A estrada que você trilha, abriga perigos ainda desconhecidos?
Você está crescendo exausto dessa luta toda?
Jesus ajudará você em tudo, quando pelo Seu nome você chamar.
Ele sempre está presente, ouvindo toda oração fiel e verdadeira.
Andando ao nosso lado, em Seu amor nos apoiamos o dia todo.
Quando você se vê desencorajado, apenas lembre o que fazer.
Estenda sua mão para Jesus, pois Ele está estendendo a você.
A vida que você leva está cheia de aflição e desespero?
O futuro te pressiona com preocupação e medo?
Você está cansado e desconfiado, quase perdeu seu caminho?
Jesus ajudará você, apenas fale com Ele hoje.
Ele sempre está presente, ouvindo toda oração fiel e verdadeira.
Andando ao nosso lado, em Seu amor nos apoiamos o dia todo.
Quando você se vê desencorajado, apenas lembre o que fazer.
Estenda sua mão para Jesus, (Eu O quero).
Estenda sua mão para Jesus, (Eu disse).
Estenda sua mão para Jesus, pois Ele está estendendo a você."

Ver interpretação de Elvis Presley para esta música aqui:

01 janeiro 2015

Institutas 28

“... Pois, da forma como fomos formados pela natureza, é mais fácil espremer azeite de uma pedra do que uma boa obra de nós... Confessemos, pois, junto com este excelente instrumento de Deus, Paulo, que o Senhor ‘nos chamou  com um chamamento santo, não em atenção a nossas obras, mas segundo o seu propósito e a sua graça’ (2 Tm 1:9)...”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIV, parágrafo 5)

“... Moisés escreve que ‘O Senhor olhou com agrado a Abel e a sua oferenda’ (Gn 4:4). Vês como demonstra que o Senhor foi propício aos homens antes de olhar as obras deles? Por essa razão, é preciso que a purificação do coração venha antes, para Deus receber com amor as obras que procedem de nós...”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIV, parágrafo 8)

“... No entanto, mesmo quando, guiados pelo Espírito Santo e esquecidos de nós mesmos, caminhamos pelas veredas do Senhor, permanecem em nós certos resquícios de imperfeição, que nos dão ocasião para nos humilharmos. Não há justo, diz a Escritura, que faça o bem e não peque (1 Rs 8:46). Que justiça, pois terão os fiéis por suas obras? Em primeiro lugar, afirmo que a obra mais excelente que possam propor está manchada e corrompida com alguma sujidade da carne, como se estivesse misturada com fezes...”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIV, parágrafo 9)

“... Porque é necessário que a justiça de Cristo (a única justiça perfeita e, portanto, a única que pode comparecer livremente perante a presença divina) apresente-se em nosso lugar e compareça em juízo à maneira de fiador nosso. Ao sermos revestidos de tal justiça, conseguimos um perdão contínuo dos pecados, pela fé. Ao sermos cobertos com sua limpeza, nossas faltas e a sujeira de nossas imperfeições não nos são já imputadas, mas ficam como que sepultadas, para que não apareçam perante o juízo de Deus até que chegue a hora em que, totalmente destruído e morto em nós o homem velho, a bondade divina nos leve com Cristo, o novo Adão, a uma paz bem-aventurada, onde esperar o Dia do Senhor, no qual, depois de receber nosso corpo incorruptível, sejamos transportados à glória celestial.”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIV, parágrafo 12)

“Duas são as pestes que mais devem ser arrancadas de nosso espírito: uma, que ponham a confiança da justiça em nossas obras; outra, que lhes atribuam glória. A cada passo, a Escritura nos priva de toda confiança em nossas justiças, ao dizer que todas elas fedem perante Deus, a menos que tirem seu bom odor da inocência de Cristo; de nada são capazes, senão de provocar o castigo de Deus, a menos que se apoiem em sua misericórdia...”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIV, parágrafo 16)

“Mas, se observarmos os quatro gêneros de causas que os filósofos consideram primeiro no efeito das coisas, não encontraremos nenhum que convenha à constituição de nossa salvação. Porque a Escritura ensina que a causa eficiente de nossa salvação está na misericórdia do Pai celestial e no amor gratuito que nos professa. Como causa material dela, propõe-nos Cristo com sua obediência, pela qual nos adquiriu a justiça. E qual diremos que é a causa formal ou instrumental, senão a fé?... Quanto à causa final, o apóstolo afirma que é mostrar a justiça divina e glorificar a bondade do Senhor (Rm 3:23)... Ao ver, pois, que todos os elementos da nossa salvação estão foram de nós, como confiaremos em nossas obras e delas nos orgulharemos?...”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIV, parágrafo 17)

“... Agostinho diz o mesmo, em poucas mas admiráveis palavras, quando afirma: ‘Eu não digo ao Senhor: não desprezes as obras de minhas mãos. Eu busquei ao Senhor com minhas mãos e não fui enganado. O que digo é: eu não louvo as obras de minhas mãos, porque temo que quando Tu, Senhor, as tiver olhado, aches muitos mais pecados que méritos. O que digo é somente isto: isto é o que rogo; isto é o que desejo: que não desprezes as obras de tuas mãos. Olha em mim, Senhor, a tua obra, não a minha. Porque se olhares minha obra, Tu a condenarás; mas se olhares a tua, Tu a coroarás. Porque todas as boas obras que tenho são tuas, de ti procedem’ [Agostinho, In Ps. 137, 18 MSL 37, 1783s]. Ele coloca duas razões por que não se atreve a valorizar suas obras diante de Deus: porque, se tem algumas obras boas, não vê nelas nada que seja seu; e porque mesmo o que há de bom está como que enterrado pelo grande número de seus pecados. Daí que sua consciência sinta muito maior temor e consternação do que segurança. Por conseguinte, não quer que Deus olhe as obras que fez corretamente, mas que, reconhecendo nelas a graça de sua vocação, aperfeiçoe a obra que começou.”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIV, parágrafo 20)

“... que a origem e o efeito de nossa salvação consistem no amor do Pai celestial; que a matéria, na obediência do Filho; que o instrumento, na iluminação do Espírito, ou seja, na fé; e, ao fim, que seja glorificada a grande bondade de Deus...”
(João Calvino, Livro 3, Capítulo XIV, parágrafo 21)